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Um ano forte no centro de Portugal

24-10-2018

Um ano forte no centro de Portugal

Os resultados definitivos da atividade turística em 2017, publicados hoje, 24 de outubro,  pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, comprovam que o ano passado este foi o ano de todos os recordes para o Centro de Portugal. Pedro Machado, o presidente do Centro de turismo do Centro de Portugal: Qual foi a  Estratégia?

O crescimento da procura do Centro de Portugal por parte dos visitantes tem sido um caso de sucesso nos anos mais recentes. De ano para ano, o interesse da região aumenta dentro e fora do país, numa tendência imparável que culminou com o registo de números absolutamente históricos no ano de 2017.

Para esta realidade, muito contribui a diversidade, que é uma das marcas da região. De facto, ao contrário de outros territórios, o Centro de Portugal oferece a quem o visita uma multiplicidade de atrativos, não se cingindo a apenas um produto. Enquanto outros asseguram sol e praia, ou património, ou natureza, o Centro de Portugal disponibiliza tudo isto numa só região, constituída por 100 municípios. Esta é uma região que reúne as condições ideais para ser um destino atrativo, devido à sua grande diversidade de recursos turísticos e possibilidades de visita. É um território singular, único e ao mesmo tempo diversificado, capaz de atrair o turista mais curioso e exigente.

A estratégia do Turismo Centro de Portugal, e da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal, em apostar na divulgação da diversidade da região tem alcançado resultados extremamente promissores.

Assim, a região Centro de Portugal registou um crescimento de 19,9% nas dormidas, relativamente ao ano de 2016: foram 6,76 milhões, face a 5,64 milhões nos 12 meses anteriores. Um aumento particularmente relevante se comparado com o crescimento médio de dormidas a nível nacional, que se cifrou em 10,8% no mesmo período. Qual foi a repercussão para os residentes?

Pretende-se que o turismo e o lucro que dele advém, seja investido no território e na melhoria das condições de vida das pessoas que nele habitam. No entanto, é uma questão que não temos dados concretos para responder.

 

Dos Estados Unidos, por exemplo, chegaram mais 69,1% de hóspedes (73,4 mil no total), responsáveis por mais 81,8% de dormidas (141,8 mil). Do Brasil, vieram mais 43,2% de hóspedes (133,2 mil) e mais 40,0% de dormidas (203,0 mil). Crescimentos também muito significativos são os registados nos mercados de Itália (mais 46,4% de hóspedes e 75,3% de dormidas), Irlanda (mais 72,0% de hóspedes e 98,0% de dormidas) ou Reino Unido (mais 24,6% de hóspedes e 28,8% de dormidas). Porquê?

A nossa resposta passaria por dizer devido à promoção externa feita pelo Turismo de Portugal e pelas Agências Regionais Promoção Turística, e talvez, devido a fatores externos, dos destinos que que competem diretamente connosco por esses mercados.

  Uma última nota para referir que 2017 foi o ano em que o total de visitantes estrangeiros no Centro de Portugal mais se aproximou do número de visitantes nacionais: foram 1,4 milhões de hóspedes estrangeiros e 1,8 milhões de hóspedes portugueses. Houve alguma estratégia especial?

Pretendemos que o Centro de Portugal continue a aumentar o aumento do número de turistas estrangeiros e nacionais, bem como, o número de hóspedes, de dormidas, e o REVPAR. O reforço na notoriedade do Centro de Portugal é a nossa principal estratégia.

  Algumas pessoas pessoas queixas-se que é só sazonal. Já há algo a fazer relativamente ao facto?

O turismo é tradicionalmente sazonal. Por todo o mundo, sentem-se os efeitos desta sazonalidade, muito devido às condições climatéricas (as pessoas predispõem-se a viajar nas alturas de Primavera/Verão; quem tem filhos, opta por tirar férias na altura das suas férias escolares; …). A opção será sempre promover as chamadas “escapadinhas” durante todo o ano, os fins-de-semana prolongados, os city breaks,…, pelo que uma estratégia de promoção turística deverá sempre atender a estas vicissitudes, e estruturar produtos que possam contrariar esta sazonalidade (produtos turísticos que sejam apelativos durante todo o ano).

 

O que fazer para para afastar as pessoas das grandes cidades como cidade e Coimbra que se quixam do excesso de visitantes e levá-los para outras mais pequenas e dá-los a conhê-los o turismo de natureza e entre outros outro os porque pequenos tesouros que o centro do país tem? Pode enumerar alguns planos?

Não temos qualquer informação de que cidades como Coimbra tenham “excesso de visitantes”. No entanto, se falarmos de cidades nacionais, como Porto e Lisboa, onde já se sente, nalguns momentos, um grande número de turistas, a estratégia será sempre procurar atrair e fazer dispersar esses turistas por todo o território nacional, em particular, pelas zonas mais interiores do País. Isto consegue-se com produtos turísticos diferenciadores, de qualidade, e comercializáveis junto de operadores turísticos, que possam chegar aos turistas que pensem fazer férias em Portugal. A aposta no online e no digital, é cada vez mais um dos pontos fortes da atuação e da estratégia da TCP.

 

Sara Raquel Silva


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